Existem dois motivos
pelos quais as pessoas fazem exames: porque estão sentindo que algo está errado
ou porque seu médico ou elas mesmas querem verificar se o que parece estar certo
realmente está.
Quando a motivação é
a primeira, fazer o exame pode se tornar uma angústia. A preocupação de quem
não sabe o que tem, o que está causando dor ou prejudicando sua qualidade de
vida por si só já é uma angústia na vida de uma pessoa, mas não saber como o
exame médico é realizado pode também ser uma fonte de preocupação e angústia a
mais.
Pessoalmente, creio
que sempre é mais fácil lidar com uma situação quando sabemos o que esperar
dela.
Algumas pessoas podem
preferir não saber como um exame médico é feito para não sofrer por
antecipação, outras podem preferir conhecer o processo todo, porque isso as
ajuda a entender o motivo pelo qual o exame é feito daquele jeito e, assim, se
sentem mais preparadas para contribuir melhor durante o exame.
Creio que a segunda atitude é a melhor a
tomar, porque quando o paciente entende como um exame é feito, ele dá o máximo
de si em cada etapa e, por saber como e o que o exame busca diagnosticar, o
paciente fica mais otimista, acreditando que seu problema logo será diagnosticado
e, consequentemente, a solução do mesmo por meio de tratamentos adequados virá
em breve.
Um
exame médico de rotina, mas que pode ser solicitado por um médico devido a
alguma queixa do paciente, é o exame de sangue.
Como é feito o exame de sangue
O enfermeiro pergunta
ao paciente de qual braço ele quer que o sangue seja extraído e amarra um elástico
na parte do braço acima do cotovelo (onde temos um músculo que as pessoas
contraem para mostrar o quão forte são). Com isso, ele pede ao paciente para
abrir e fechar continuamente a mão do braço do qual será extraído sangue para
que as veias fiquem mais visíveis.
Enquanto o paciente
abre e fecha a mão, o enfermeiro prepara a agulha descartável e o vidrinhos, em
formato de tubos, onde o sangue será armazenado.
Depois, ele passa um
algodão com álcool na dobra do cotovelo e introduz a agulha na veia, ao mesmo
tempo em que desamarra o elástico e informa o paciente que ele pode parar de
abrir e fechar a mão. Essa agulha está ligada a um fino tubo, o qual, por sua
vez, será ligado ao vidrinho onde o sangue será armazenado.
Depois que a agulha
já está introduzida na veia, o vidrinho acoplado ao tubinho vai se enchendo de
sangue e o enfermeiro, em geral, fica pressionando a agulha para ela não sair
do lugar.
O quanto de tempo que
se leva para encher um vidrinho varia de pessoa para pessoa. Não sei o que
influencia esse tempo, mas creio que deve estar relacionado à velocidade do
fluxo sanguíneo na veia do paciente.
Caso seja necessário
encher mais de um vidrinho, o enfermeiro substitui o frasco que está acoplado ao
tubinho após encher o primeiro frasco. O enfermeiro nem precisa retirar a agulha
e introduzi-la novamente e o paciente não sente a troca dos tubos.
Ao encher o número de
frascos suficientes, o enfermeiro retira a agulha e coloca um algodão sobre o
local de onde foi extraído o sangue e pressiona a área um pouco. Depois, ele
cola um band-aid no local e esse é o fim do exame.
Dói?
Doer, no sentido de “Ai...
Tá doendo!” não dói, de jeito nenhum. Mas você, sem dúvida, sente quando a agulha
fura sua pele e é introduzida na veia. Contudo, é apenas uma sensação: algo
furando uma minúscula parte do seu corpo e introduzindo algo. Só! Essa sensação
dura um segundo!
Entretanto, você pode
sim sentir dor se seu braço não estiver na posição que o enfermeiro recomendou
ou se o enfermeiro mexer um pouco na posição da agulha ao trocar de frasco ou
ainda se você mexer seu braço durante a extração do sangue.
Reações estranhas
Há pessoas que desmaiam ao ver sangue.
Não sei qual a razão dos desmaios.
Há pessoas que não gostam de olhar para
o vidrinho enquanto o sangue entra porque elas se sentem “desesperadas”.
Outras vão ficando impacientes com o
elástico que aperta o braço antes da agulha ser introduzida.
Dicas
1) Faça o exame de sangue num dia mais
quente. Nos dias frios, é necessário que o paciente retire a manga da blusa do
braço de onde o sangue será retirado. O frio que a pessoa pode sentir por não estar
protegendo o braço pode tornar o exame desagradável.
2) Não olhe para o braço
de onde o sangue está sendo retirado, porque você pode começar a ficar
impaciente.
3) Não mexa o braço
durante o exame, porque a agulha pode sair um pouquinho do lugar e, com isso,
você vai sentir um pouco de dor.
4) Não fale com o
enfermeiro enquanto ele estiver introduzindo a agulha, porque ele precisa de concentração
para introduzir a agulha exatamente na veia e não em outro lugar.
5) Converse com o
enfermeiro durante o exame, porque isso ajuda a distrair. Contudo, fale sobre
assuntos não muito complexos, afinal, ele está tentando fazer um bom trabalho.
6) Verifique se a agulha
a ser utilizada estava lacrada. Recuse-se a fazer o exame se a agulha já tiver
sido utilizada, pois isso pode transmitir doenças, por vezes, incuráveis.
7) Depois que o
enfermeiro colar o band-aid em seu braço, pressione o local por um minuto para evitar
que o sangue volte a sair por ali.
8) Prefira retirar
sangue do braço que você menos usa.
Espero que minhas
experiências pessoais tenham ajudado a quem está preocupado com esse exame.
De você tem alguma
sugestão de como lidar com exames de sangue, deixe logo abaixo, nos
comentários. Toda informação ajuda um paciente desesperado e angustiado, por
mais simples que ela possa parecer.
Luciana Estarepravo
da Silva
Especialista em
Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)