sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Exames médicos I – Exame de Sangue



Existem dois motivos pelos quais as pessoas fazem exames: porque estão sentindo que algo está errado ou porque seu médico ou elas mesmas querem verificar se o que parece estar certo realmente está.
Quando a motivação é a primeira, fazer o exame pode se tornar uma angústia. A preocupação de quem não sabe o que tem, o que está causando dor ou prejudicando sua qualidade de vida por si só já é uma angústia na vida de uma pessoa, mas não saber como o exame médico é realizado pode também ser uma fonte de preocupação e angústia a mais.
Pessoalmente, creio que sempre é mais fácil lidar com uma situação quando sabemos o que esperar dela.
Algumas pessoas podem preferir não saber como um exame médico é feito para não sofrer por antecipação, outras podem preferir conhecer o processo todo, porque isso as ajuda a entender o motivo pelo qual o exame é feito daquele jeito e, assim, se sentem mais preparadas para contribuir melhor durante o exame.
 Creio que a segunda atitude é a melhor a tomar, porque quando o paciente entende como um exame é feito, ele dá o máximo de si em cada etapa e, por saber como e o que o exame busca diagnosticar, o paciente fica mais otimista, acreditando que seu problema logo será diagnosticado e, consequentemente, a solução do mesmo por meio de tratamentos adequados virá em breve.
            Um exame médico de rotina, mas que pode ser solicitado por um médico devido a alguma queixa do paciente, é o exame de sangue.

            Como é feito o exame de sangue

O enfermeiro pergunta ao paciente de qual braço ele quer que o sangue seja extraído e amarra um elástico na parte do braço acima do cotovelo (onde temos um músculo que as pessoas contraem para mostrar o quão forte são). Com isso, ele pede ao paciente para abrir e fechar continuamente a mão do braço do qual será extraído sangue para que as veias fiquem mais visíveis.
Enquanto o paciente abre e fecha a mão, o enfermeiro prepara a agulha descartável e o vidrinhos, em formato de tubos, onde o sangue será armazenado.
Depois, ele passa um algodão com álcool na dobra do cotovelo e introduz a agulha na veia, ao mesmo tempo em que desamarra o elástico e informa o paciente que ele pode parar de abrir e fechar a mão. Essa agulha está ligada a um fino tubo, o qual, por sua vez, será ligado ao vidrinho onde o sangue será armazenado.
Depois que a agulha já está introduzida na veia, o vidrinho acoplado ao tubinho vai se enchendo de sangue e o enfermeiro, em geral, fica pressionando a agulha para ela não sair do lugar.
O quanto de tempo que se leva para encher um vidrinho varia de pessoa para pessoa. Não sei o que influencia esse tempo, mas creio que deve estar relacionado à velocidade do fluxo sanguíneo na veia do paciente.
Caso seja necessário encher mais de um vidrinho, o enfermeiro substitui o frasco que está acoplado ao tubinho após encher o primeiro frasco. O enfermeiro nem precisa retirar a agulha e introduzi-la novamente e o paciente não sente a troca dos tubos.
Ao encher o número de frascos suficientes, o enfermeiro retira a agulha e coloca um algodão sobre o local de onde foi extraído o sangue e pressiona a área um pouco. Depois, ele cola um band-aid no local e esse é o fim do exame.

Dói?

Doer, no sentido de “Ai... Tá doendo!” não dói, de jeito nenhum. Mas você, sem dúvida, sente quando a agulha fura sua pele e é introduzida na veia. Contudo, é apenas uma sensação: algo furando uma minúscula parte do seu corpo e introduzindo algo. Só! Essa sensação dura um segundo!
Entretanto, você pode sim sentir dor se seu braço não estiver na posição que o enfermeiro recomendou ou se o enfermeiro mexer um pouco na posição da agulha ao trocar de frasco ou ainda se você mexer seu braço durante a extração do sangue.

Reações estranhas

Há pessoas que desmaiam ao ver sangue. Não sei qual a razão dos desmaios.
Há pessoas que não gostam de olhar para o vidrinho enquanto o sangue entra porque elas se sentem “desesperadas”.
Outras vão ficando impacientes com o elástico que aperta o braço antes da agulha ser introduzida.

Dicas

        1) Faça o exame de sangue num dia mais quente. Nos dias frios, é necessário que o paciente retire a manga da blusa do braço de onde o sangue será retirado. O frio que a pessoa pode sentir por não estar protegendo o braço pode tornar o exame desagradável.
2) Não olhe para o braço de onde o sangue está sendo retirado, porque você pode começar a ficar impaciente.
3) Não mexa o braço durante o exame, porque a agulha pode sair um pouquinho do lugar e, com isso, você vai sentir um pouco de dor.
4) Não fale com o enfermeiro enquanto ele estiver introduzindo a agulha, porque ele precisa de concentração para introduzir a agulha exatamente na veia e não em outro lugar.
5) Converse com o enfermeiro durante o exame, porque isso ajuda a distrair. Contudo, fale sobre assuntos não muito complexos, afinal, ele está tentando fazer um bom trabalho.
6) Verifique se a agulha a ser utilizada estava lacrada. Recuse-se a fazer o exame se a agulha já tiver sido utilizada, pois isso pode transmitir doenças, por vezes, incuráveis.
7) Depois que o enfermeiro colar o band-aid em seu braço, pressione o local por um minuto para evitar que o sangue volte a sair por ali.
8) Prefira retirar sangue do braço que você menos usa.

Espero que minhas experiências pessoais tenham ajudado a quem está preocupado com esse exame.
De você tem alguma sugestão de como lidar com exames de sangue, deixe logo abaixo, nos comentários. Toda informação ajuda um paciente desesperado e angustiado, por mais simples que ela possa parecer.


Luciana Estarepravo da Silva
Especialista em Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)