sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Apresentação




Desde a época em que cursava o ensino fundamental eu já gostava de escrever.

Eu lembro que quando eu estava na primeira série do ensino fundamental, atual segundo ano, eu dobrei ao meio algumas folhas de sulfite que tinha em casa e as grampeei, formando um livreto. Dei o título de A cidade das joaninhas. Escrevi uma história e fiz as ilustrações. Poucos dias depois, a professora da escola pediu para que escrevêssemos um livrinho, ao qual intitulei Nas minhas férias eu fui acampar. Recordo-me que a personagem principal se chamava Priscila. Felizmente, ainda tenho essas obras de arte guardadas em minha casa.

Também gostava de anotar tudo que achava interessante nas formações da igreja das quais participava com minha mãe. Eram formações sobre diversos temas, ministradas por bispos, padres, leigos, profissionais de determinadas áreas...

Mais tarde, já no primeiro ano do ensino médio, meu professor de filosofia, vendo as respostas que eu dava por escrito às reflexões propostas durante as aulas, sugeriu que eu escreve um texto para o Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero, do Cnpq.

Ao longo dos três anos da faculdade de Letras, eu continuei anotando quase tudo que meus professores falavam durante as aulas expositivas, razão pela qual quando algum colega faltava à aula meu caderno era logo requisitado para cópia. O mesmo acontecia quando as provas estavam se aproximando.

Com todo esse hábito de escrever, a ideia de criar um blog já passeava em minha mente há algum tempo, mas meu maior motivador foi uma pessoa muito especial, que há alguns anos, desde que entrou em minha vida, vem lendo o que escrevo. Ele sempre me motivou a, em meio a minha rotina carregada de atividades, fazer algo que eu gosto.

Um dia, conversando, disse a ele que gosto de escrever e que às vezes escrevo textos mais longos e posto no Facebook, contudo, são poucas as pessoas que curtem, provavelmente porque são poucos os que realmente param para ler. Foi então que ele mencionou algo interessante. Disse que os textos que eu escrevo não são para usuários do Facebook; são mais profundos e, por isso, merecem um local mais apropriado para a publicação.

De fato, Jay Parini, em seu livro A Arte de ensinar disse, na página 118:
 “Já peguei a mesma ideia e tentei dar-lhe a forma de um poema, depois de um conto, depois de um ensaio. Pode-se, certamente, adaptar uma ideia de uma forma para outra; porém, realmente acredito na forma ideal para cada ideia, e me empenho para encontrá-la”. 
Ao conceito de forma adequada para cada ideia dá-se o nome de gênero textual. São exemplos de gênero textual a carta, o bilhete, o formulário, a receita de remédio, a receita de bolo, o poema, a dissertação, dentre muitos outros. Quem sabe o blog seja a forma ideal para os textos que quero escrever!

Quanto ao nome do blog, A Estarepravo opina, creio que meu sobrenome, de origem ucraniana, tem um som forte, além de ser exótico, já que há apenas sete pessoas vivas com o sobrenome Estarepravo legitimamente descendentes do primeiro Estarepravo (que é descendente da família Starepravo) aqui no Brasil, e eu sou uma dessas sete pessoas. Já a escolha do verbo opinar dá-se ao fato de ela refletir o caráter dos textos que aqui serão publicados: opinar. Não é um blog que tem por objetivo trazer a verdade sobre acontecimentos cotidianos ao conhecimento público, porque isso seria um blog jornalístico, o qual requer pesquisa acerca da veracidade da informação e muita responsabilidade por parte do autor; também não é um blog científico, porque isso também exigiria certo rigor ao citar fontes; não é muito menos um blog religioso, porque isso restringiria muito o tema das publicações. É um blog de opinião e opinião, assim como o conceito de belo, é algo pessoal: o que você julga bonito pode não parecer bonito aos meus olhos; dessa forma, a minha opinião sobre algo pode não ser a mesma de meu leitor, todavia, nem eu tenho o objetivo de convencer meu leitor que minha opinião traduz a verdade sobre algo (porque isso traria a esse blog as características mencionadas acima, as quais não quero para esse blog), nem garanto que os comentários de meus leitores me convencerão de algo, embora eles sejam bem-vindos.

Por fim, ao classificar os textos desse blog como opinativos, me sinto em conformidade com os direitos assegurados aos brasileiros pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a saber:

Art. 5

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

Sendo assim, divirtam-se com a leitura!


Luciana Estarepravo da Silva
Especialista em Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)