sexta-feira, 30 de maio de 2014

Utilizando e-mails corretamente



Praticamente todas as pessoas inseridas digitalmente possuem pelo menos um endereço de e-mail.

Embora esse fato nos leve a pensar que todos usem e-mails, infelizmente nem todos o fazem corretamente e isso causa muitos incômodos na vida de outras pessoas. Se a função dos e-mails é facilitar a comunicação, é preciso ter em mente certas considerações acerca dessa ferramenta para bem poder usá-la.

1)    Ao criar uma conta de e-mail, crie um endereço que ajude as pessoas a identificarem você facilmente, como seu nome e sobrenome, e.g. nomeesobrenome@nomedosite.com.br. No caso de um e-mail corporativo, crie algo que lembre o setor da empresa que irá receber o e-mail, por exemplo, vendas@nomedaempresa.com.br. Por favor, não crie e-mails com nomes ridículos, que lembram nicknames de salas de bate papo, como lindinha@nomedosite. com.br. Que tipo de imagem você vai passar colocando um e-mail desses no seu currículo? (Para saber mais sobre currículos, acesse o texto disponível em http://aestarepravoopina.blogspot.com.br/2014/07/aspectos-importantes-de-um-curriculo.html#links).

2)    Evite o uso de letras que representem sons. Por exemplo, se seu nome é Maria, crie um endereço de e-mail como mariaosbrenome@nomedosite.com.br; um endereço de e-mail como mahsobrenome@nomedosite.com.br parece algo que foi criado por uma criança ou adolescente inconsequente.

3)    Somente passe seu endereço de e-mail para as pessoas se você realmente for utilizá-lo, do contrário, qual a utilidade de passá-lo? Passar um endereço de e-mail que você não usa é o mesmo que passar um número de telefone no qual você não pode ser localizado. Lembre-se, a partir do momento em que você passa seu endereço de e-mail para alguém, a pessoa reconhece essa ferramenta como um meio de entrar em contato com você, por isso, seja amistoso. Não faça as pessoas perderem tempo te enviando algo, que pode ser importante, sendo que você não vai responder.

4)    No caso de e-mails corporativos, o prazo aceitável para responder uma mensagem vinda de um cliente é 48 horas. Mais do que isso dá a impressão que a empresa não tem um departamento que cuide apenas de responder os e-mails. Lembre-se, se você não tem condições de administrar uma conta de e-mail, não passe o endereço para ninguém. Esse princípio foi mencionado no item anterior.

5)    Se o endereço de e-mail é para uso interno de uma empresa, como por exemplo, solicitação de diferentes setores às recepcionistas, ele deve ser acessado pelo responsável ao menos duas vezes ao dia e as mensagens devem ser respondidas no mesmo dia, exceto no caso de dia em que não há expediente, como aos domingos. Se não é possível resolver o problema do qual trata a mensagem no mesmo dia em que ela foi recebida, ao menos responda ao seu colega “Recebi seu e-mail e estou processando sua solicitação”. É muito desgastante não saber se determinado setor recebeu ou não seu e-mail. Ter que perguntar pessoalmente dentro de uma empresa “Você recebeu meu e-mail?” é a prova concreta que alguém é desorganizado e, no caso, é o incompetente que não confirmou o recebimento do e-mail. Como já foi mencionado no item 3, apenas passe seu endereço de e-mail se você tem condições de administrá-lo. Dentro de uma empresa, coisas como “Estive muito ocupado ontem e não tive tempo de verificar meus e-mails” soam como algo fora da realidade capitalista na qual as empresas se encontram hoje. Tempo é dinheiro!

6)    No caso de e-mails pessoais, acessá-los uma vez por semana é o suficiente.

7)    Não mande mensagens motivacionais ou orações do tipo “Envie para mais x pessoas”. Ninguém lê essas mensagens motivacionais. Se você quer motivar alguém, faça um depósito generoso na conta bancária dessa pessoa. Se você quer criar uma corrente de oração, saia da frente do computador e reúna os amigos para rezarem no templo ou na casa de algum amigo do grupo.

8)    Mensagens criticando políticos? Nem pensar! Se você não tem a capacidade de participar das sessões da Câmara dos Vereadores de sua cidade, ou de criar um abaixo-assinado, que credibilidade você tem para enviar e-mails criticando políticos? Além do mais, criticar apenas gera raiva e raiva não resolve nada. Quer ajudar o país? Vá participar das sessões e audiências públicas, faça sugestões de projetos nas páginas dos vereadores nas redes sociais, lidere um abaixo-assinado... Pare de reclamar e faça algo!

9)    Se você precisa enviar uma mesma informação para várias pessoas que não se conhecem, por favor, digite os endereços de e-mail no campo bcc, que significa blind carbon copy, assim, um destinatário não verá o endereço de e-mail do outro. Nem sempre as pessoas para as quais você está enviando uma mensagem gostariam que outras pessoas soubessem qual é o endereço de e-mail delas.

10)  Respeite a estrutura do gênero textual e-mail. Um e-mail deve ser escrito da seguinte forma:



Saudação

(pule uma linha)

Mensagem

(pule uma linha)

Despedida

(pule uma linha)

Nome de quem escreveu a mensagem



11)  Não escreva tudo na mesma linha. Dá a impressão que você está em processo de alfabetização. Por exemplo, não escreva assim:



Olá, fulano de tal! Como vai você? Faz um tempão que não te vejo. Abraço.



12) Não escreva “Bom dia/boa tarde/boa noite” na saudação. Você por acaso sabe em que período do dia a pessoa vai abrir o e-mail?

13)  Se for escrever “olá” e o nome de quem vai receber o e-mail, separe o “olá” do nome da pessoa por uma vírgula, pois o nome da pessoa é um vocativo, ou seja, é com quem você está falando. Exemplo:



Olá, Marina!



14) Cuidado com as abreviações e emoticons. Eles não são apropriados para mensagens corporativas.

15)  Não digite tudo com letra maiúscula. DÁ A IMPRESSÃO QUE VOCÊ ESTÁ GRITANDO.

16)  A primeira letra do título do assunto da mensagem deve ser maiúscula.



Bem, essas são algumas dicas para ajudar os usuários de e-mail a se comunicarem melhor e mais rapidamente, sem atrapalhar ou atrasar a vida dos outros.

Você tem alguma outra sugestão para ajudar as pessoas a otimizarem o uso dos e-mails? Deixe nos comentários.



Luciana Estarepravo da Silva

Especialista em Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Quando matricular meu filho num curso de inglês?

Muitos pais, atentos à necessidade de dominar a Língua Inglesa na sociedade atual, sabem que é necessário matricular os filhos num curso de inglês.
O domínio dessa língua é requerido não só no ambiente de trabalho, mas também no acadêmico e mesmo nos vestibulares.
Contudo, há sempre a dúvida em relação ao melhor momento para se fazer isso.
Foi pensando nessa questão, que escrevi o texto Quando matricular meu filho num curso de inglês? especialmente para o blog Bate-papo entre mães, da Ana Paula Marques, em 06/05/2014.
Acessem http://batepapoentremaes.wix.com/blog#!Quando-matricular-meu-filho-num-curso-de-ingls/c218b/02BD3EDC-DFD1-4CE5-A7CF-11A89D5993B2, leiam o texto e aproveitem para conhecer o blog, especialmente dedicado às mães.

Luciana Estarepravo da Silva
Especialista em Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)

sábado, 17 de maio de 2014

Em que você escolhe acreditar?



Nesta semana, eu estava dando aulas de inglês para turma de nível pré-avançado composta só por meninas. Estávamos discutindo se concordávamos ou não com algumas afirmações relacionadas a relações amorosas.

Foi então que uma aluna, ao expressar sua opinião sobre uma das afirmações, disse “I don’t know if it’s true, but I like to believe it”, o que quer dizer “Eu não sei se é verdade, mas gosto de acreditar nisso”.

Logo peguei minha agenda e anotei a frase, do jeito que ouvi, pois percebi que era uma ótima ideia para este texto.

Para que se possa viver, no sentido pleno da palavra, há muita coisa que não sabemos se é verdade, mas nas quais é preciso acreditar. Em outras palavras, é preciso ter esperança, fé, otimismo para que se possa tirar o máximo de proveito da vida.

Veja a religião, por exemplo. Para os membros de qualquer uma delas, é verdade inquestionável que seu Deus existe e algumas afirmam possuir evidência disso.

Não posso falar com propriedade de muitas religiões, mas da cristã católica posso. Os católicos afirmam que ninguém jamais viu a Deus, mas acreditam que Ele existe e têm suas evidências.

De qualquer forma, mesmo sem ter visto a Deus, os católicos acreditam que Ele existe porque é preciso acreditar nisso para que se possa viver melhor, afinal, quando se é católico, existem dez mandamentos a serem seguidos, extraídos da Bíblia, a qual é considerada a Palavra de Deus para os membros dessa religião. Esses mandamentos levam em conta o bom relacionamento com as pessoas que se encontram ao nosso redor, ideia expressa pelo termo “amor ao próximo” dentro da religião católica. Além disso, acreditar em Deus, com as atribuições que lhe são dadas pelos católicos, torna a vida mais compreensível, tanto do ponto de vista cósmico, existencial, biológico, como no que diz respeito ao curso da história, tanto pessoal como do universo, como um todo.

Outra coisa na qual é preciso acreditar para ser um cidadão melhor, no caso do Brasil, é que nem todos os políticos brasileiros são corruptos. Aliás, convenhamos, para alguém sair por aí afirmando que todos os políticos são corruptos, deve ter processos correndo em julgado envolvendo todos os políticos, o que não existe (pelo menos não até o momento).

É preciso acreditar que sim, há políticos que acordam todos os dias e vão para o trabalho ouvir o povo, propor projetos na Câmara Municipal, Estadual, Senado (de acordo com a esfera governamental em que atuam), como qualquer profissional que exerce atividade remunerada. Se os cidadãos não acreditarem nisso, fica difícil esperar que leis sejam criadas, modificadas e sugeridas.  Essas atividades legislativas acontecem, em muitas localidades do Brasil, todos os dias, contudo, o que muita gente escolhe acreditar é que político nenhum trabalha.

Corre também pelo Brasil, principalmente na região sudeste, a crença de que escola pública e universidade particular não prestam.

Ora, o mesmo doutor que dá aula na universidade pública também dá aula na universidade particular e o mesmo professor que possui licenciatura em qualquer matéria que seja e dá aulas na escola particular também dá aulas na escola pública. O que existe são diferentes tipos de recursos, enfoques pedagógicos e níveis de cobrança por parte dos alunos e pais de alunos.

Se um professor falta com frequência na escola pública, os pais, em geral, não se unem e vão à escola reclamar (estudei toda a educação básica em escola pública, por isso, posso falar do assunto com propriedade). Todavia, se o mesmo acontece na escola particular, a reclamação de um só pai de aluno já é o suficiente para dar um jeito na situação e, sem dúvida, mais de um pai reclama.

Se as pessoas olharem ao redor delas, elas verão que uma série de outras pessoas bem sucedidas (entenda-se por bem sucedida uma pessoa que tem um bom emprego, entende e exerce bem sua profissão, sabe ler e escrever bem) estudaram em escolas públicas e universidades particulares (eu estudei toda a educação básica em escola pública e cursei a graduação e pós-graduação em universidades particulares). Qual é o percentual da população brasileira que estudou em escola particular e universidade pública? Indubitavelmente, não deve ser a maior parte da população, logo, é possível afirmar que é essa gente toda que estudou nas escolas e universidades cridas como “ruins” que move o país.

Poderia citar muitos outros exemplos, mas creio que a ideia de que aquilo em que você escolhe acreditar influência a sua vida já ficou clara.

Vale ressaltar que a partir do momento em que você escolhe acreditar em algo, aquilo se torna uma verdade para você e nada é mais mensurável e possível que a verdade!

Encerro como uma frase que ouvi de Dom Eusébio Oscar Cardeal Scheid, scj, em uma missa em 2013 ou 2012: “A fé é escura, mas ela é convincente”.

Luciana Estarepravo da Silva
Especialista em Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)




segunda-feira, 5 de maio de 2014

O sequestro



Quando trabalhei na polícia, houve um caso que até hoje me intriga.

Um rico empresário procurou a polícia para que o ajudassem a recuperar o seu filho que havia sido sequestrado.

Fui indicado a cuidar do caso.

Interroguei o empresário logo que me apresentaram a ele, pois eu queria pistas para que pudesse saber quem e onde investigar.

Pelo seu depoimento, o menino se relacionava bem como todos a sua volta, portanto, ninguém era suspeito.

Pedi ao empresário que retornasse ao seu trabalho, assim, ninguém perceberia que algo diferente acontecia. Claro, eu, como investigador, sabia que não seria bom se a notícia se espalhasse e seria ainda pior se saísse nos jornais.

Eu tinha o resto daquele dia para pensar sobre quem eu investigaria, pois só começaríamos a investigação no dia seguinte ao sequestro.

Antes do almoço, fui à casa de uma amiga que era vidente e que no período da tarde trabalhava numa banca de jornais. Por ser vidente, ela era muito boa para dar conselhos.

Quando cheguei a sua casa, nem precisei contar nada, pois ela logo me disse:

- Este caso vai te perseguir pelo resto da sua vida.

No mesmo instante, meu celular tocou; era o empresário dizendo que havia recebido um bilhete. Pedi a ele que saísse do trabalho e fosse para sua casa, onde me encontraria com ele.

Chegando lá, li o bilhete e logo descobri o motivo do sequestro: era por dinheiro.

Os sequestradores pediam que no dia seguinte, o empresário deixasse quinhentos mil dólares, exatamente, atrás da banca de jornal onde minha amiga vidente trabalhava.

O empresário tinha o dinheiro, então, pedi a ele que no dia seguinte fizesse o que mandava o bilhete.

Pensei em avisar a vidente do que aconteceria atrás da sua banca de jornais, mas me lembrei que o bilhete dizia que o dinheiro era para ser entregue no período da  manhã e ninguém deveria vigiá-lo. Ela não trabalhava de manhã e se soubesse o que iria acontecer, com certeza quereria vigiar o dinheiro para ver quem era o sequestrador. Contudo, se o sequestrador visse alguém vigiando, mataria o menino, então não a avisei.

Combinei com o empresário de irmos buscar o menino meia hora após o horário de entrega do dinheiro.

No dia seguinte, bem cedo, o empresário deixou o dinheiro no lugar estipulado.

Uma hora antes do horário em que os sequestradores apareceriam, passei em frente a banca. Fiquei assustado ao ver a vidente trabalhando de manhã, mas fiz de conta que nada acontecia e fui para a casa do empresário.

Chegando a hora de sairmos, fomos até a banca.

Chegando lá, olhamos atrás dela e, que decepção!

Encontramos a vidente e o menino mortos e o dinheiro não estava mais lá.

Até hoje me pergunto: por que a vidente foi trabalhar na banca de manhã? Por que a mataram? Por que levaram o dinheiro e mataram o menino? Quem eram os sequestradores?

É um caso que realmente me perseguirá pera o resto da vida.


OBSERVAÇÃO: Escrevi essa história quando tinha entre doze e treze anos de idade para uma atividade da aula de português da sétima série, ou atual oitavo ano. Eu me lembro que a professora deu algumas palavras e tínhamos que escrever uma história, utilizando aquelas palavras. Após a correção dela, deveríamos copiar a história no caderno de redação e fazer um desenho.

Luciana Estarepravo da Silva

Especialista em Docência da Língua Inglesa e formada em Letras (Português/Inglês)